REVISTA ADEMI BAHIA Nº 56 - page 23

são as inúmeras soluções práticas, a exem-
plo dos organizadores de bijuterias – que
podem feitos com caixas de papelão ou
no próprio material do armário –, para
serem inseridos em gavetas e utilizados
também para guardar itens de uso diário.
Outra opção é guardar as roupas de me-
nor uso, geralmente as de frio, em caixas
organizadoras. “Esses itens, sem dúvida,
tornam o dia a dia mais prático. Para quem
deseja algo mais personalizado, outra ideia
criativa para as mulheres são as molduras
convencionais de quadros aplicadas junto à
parede. Elas se tornam uma sapateira para
os saltos altos”.
Especificações
No momento das especificações, alguns
elementos são fundamentais. A arquiteta
detalha que a profundidade de um armário
varia entre 55cm e 60cm, para que caiba
um cabide convencional. Na divisão inter-
na é possível contar com espaços de 25cm
a 50cm para prateleiras que podem guardar
desde bolsas a acessórios convencionais. A
sapateira deve ter uma distância de 17cm a
20cm para armazenar os sapatos rasteiros
e os de salto alto.
Já o cabideiro varia de acordo com o perfil
do cliente, mas, em média, fica em um
espaço de 1m a 1,20m para as camisas.
No caso das mulheres, há algumas parti-
cularidades pela necessidade de guardar
os vestidos de vários comprimentos. “É
importante criar uma relação de alturas
diferentes nesta parte para guardar esses
vestidos de forma ideal. Para os longos a
altura deve crescer para 1,60m a 1,80m.
É imprescindível que, no momento da
criação do projeto, a pessoa que irá usar
o closet saiba relacionar seus itens de
uso pessoal para uma divisão mais fiel”,
ressalta Mally Requião.
Mesmo com alguns padrões pré-estabele-
cidos, há quem faça solicitações um tanto
inusitadas. A arquiteta conta que uma
cliente colecionadora de sapatos – mais de
duzentos pares para guardar – solicitou que
todos ficassem à vista para facilitar na hora
da escolha, já que ela usava todos. Outro
relato foi de um cliente colecionador de
miniaturas de carros. O pedido foi para
que todos os itens ficassem escondidos no
“O ideal é aquele
que atende
a todas as
necessidades
do dono, ou
seja, capaz de
guardar todas
as roupas e
acessórios de
forma prática e
adequada para o
uso diário”
Mally Requião
Mally Requião
closet, porém bem organizados. “Nós solu-
cionamos as duas situações de forma bem
prática. Amamos esses tipos de desafios que
nos fazem superar nossos limites”, finaliza.
Dicas de quem executa
“O bom senso e a criatividade do arquiteto
ou projetista deve ser o ponto principal no
momento de concretizar o desejo do clien-
te e transformar o closet em um projeto
ideal”, afirma Mônica de Lima, gerente
de vendas e marketing da Todeschini, que
atua no mercado mobiliário em todo o
Brasil. Ela destaca que é preciso saber e
entender as necessidades de quem utilizará
o espaço, para que tudo seja dimensionado
de forma que acomode todos os pertences.
Além disso, o closet deve ser organizado
e proporcionar fácil acesso às roupas e
acessórios, para uma maior praticidade na
hora do vestir.
Outro ponto fundamental é que o projeto
precisa considerar de maneira distinta a
parte feminina e a parte masculina, cada
uma com suas especificidades. “No espaço
feminino, sempre deve-se prever nichos
para bolsas, mais altura nos cabideiros
para vestidos longos, fora os organizadores
para jóias, acessórios e maquiagem. Já no
masculino, as camisas, calças, gravatas,
ternos e sapatos devem ser acomodados
em cabideiros, prateleiras e gaveteiros de
tamanhos específicos, variando apenas
de acordo com a quantidade e os espaços
disponíveis. Em ambos os casos, vale apro-
veitar as partes mais altas para acomodar
objetos como malas e cobertores, que são
usados esporadicamente”, detalha.
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