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gatilho de 35% é forte frente ao aumento da renda.

No meu entender deveria acompanhar, em média, o aumento da renda, de forma progressiva e ao longo do tempo. Não dá pra recuperar a defasagem de uma única vez como está previsto para terrenos aci-ma de 2 mil m² e áreas comerciais acima de 100 m².“A falta de travas irá acarretar um grande questionamento na justiça, o que não é bom para a Prefeitura, para a cidade e para o ambiente de negócios, fazendo com que Salvador deixe de atrair novos investimentos e perdendo competitividade frente a outras cidades”, completa.

Estimular o investimento, para habita-ção de interesse social e criar ambientes ‘mixados’ são apontadas por Sarti como medidas para reinventar a capital baiana. Ele cita Paris - uma das cidades mais densas do mundo, com 22 mil habitantes por metro quadrado -, como exemplo. Os distúrbios na periferia, gerados pela falta de infraestrutura nos bairros, serviram de alerta ao poder público, que adotou um modelo diferenciado para trabalhar a urbe francesa. Nele, estão previstos espa-

ços que reúnem comércio, habitação de baixa, média e alta renda, e lazer público. “Isso gera um sentimento diferenciado em relação à cidade. Temos de criar um plano diretor para os próximos 30 anos, que promova a integração dos cidadãos”. No entendimento do setor, é a partir dessa defnição que o desenvolvimento vai fuir de forma adequada, abrindo uma grande oportunidade para desbravar caminhos que incluem até uma nova cultura sobre o jeito de morar do baiano. “Enquanto fcarmos nesse jogo de perde perde, abri-mos mão da oportunidade de investir em uma nova forma de viver, olhando para o mar, caminhando, adotando alternativas mais saudáveis e sustentáveis de se apro-priar da cidade”, acredita Sarti. Essa linha de raciocínio vem norteando os trabalhos da ADEMI-BA nos últimos anos. Foco das atividades da associação, a adoção de práticas sustentáveis nas ci-dades se confgura, cada vez mais, como uma questão de sobrevivência. Estudos recentes sobre trânsito, cruzados com es-tatísticas do IBGE, mostram um aumento de 30% no número de domicílios em Sal-vador, enquanto a frota de veículos sofreu

acréscimo de 127%. “Quem provoca o caos no trânsito não são as unidades habi-tacionais. É preciso melhorar a qualidade do transporte público, criar alternativas de mobilidade”, desafa o presidente. O mercado tem feito sua parte. Se antes era difícil discutir a entrada algum item sustentável em um empreendimento, hoje é raro encontrar um lançamento sem eles. “Há um crescimento muito forte. Lançamos o Guia de Sustentabilidade e o de Consumo Consciente. Propomos o IPTU Verde, que Camaçari já apro-vou e Salvador aderiu. É um parâmetro importante para estimular o mercado”, comemora Sarti.

A ADEMI-BA não se furtou ao debate em 2013 e se manterá frma na defesa do mercado imobiliário. “A entidade defende a preservação do meio ambiente com desenvolvimento. O ano de 2014 vai ser melhor que 2013. Precisamos nos mobilizar, para participar efetivamente na criação do novo PDDU e Louos. Precisamos de um ambiente propício a investimentos!”, conclui.