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Depois do superaquecimento do mercado imobiliário nos anos de 2008 e 2009 todos concordam que agora é hora de focar nas entregas das unidades lançadas e analisar com muita prudência o mercado antes de lançar novos produtos. Em2012, pelo visto, muitas novidades que se adequam a todos os bolsos estão a caminho. Sejam empre-endimentos de alto padrão ou com perfl econômico, o consenso entre as constru-toras e incorporadoras é que as edifcações precisam caminhar a passos largos rumo à sustentabilidade em todos os aspectos. Para os entrevistados, essa questão se faz priori-dade em meio a um consumidor cada vez mais exigente e bem informado. Novos vetores de expansão continuarão em franco crescimento, a exemplo da Paralela e do Acesso Norte, mas as empresas alimen-tam a esperança de que a orla e a Cidade Baixa passem por uma requalificação e ofereçam à população de Salvador novos horizontes não só de moradia, mas de lazer e turismo como consequências dessa revi-talização. Confra o bate-papo que tivemos sobre todos esses assuntos com o presidente da Fator Realty, Paulo Fabbriani; o gerente Comercial da Queiroz Galvão, Manuel Go-mes; o CEO da Prima Empreendimentos Inovadores, NilsonNóbrega; o diretor geral da Ramos Catarino Brasil, Paulo Henrique Duarte; a gerente Comercial da Via Célere Incorporações Imobiliárias, SabrinaMotta; o diretor superintente da Cyrela Nordeste, André Phyton; o diretor regional da Moura Dubeux nos estados de Alagoas e Bahia, Ronaldo Barbalho e o responsável pela área de incorporações da Odebrecht Realizações Imobiliárias emSalvador, Eduardo Pedreira.

ADEMI-BA - Como foi o ano de 2011 para o mercado imobiliário baiano?

Cyrela - O ano de 2011 eu diria que foi um ano de botarmos os pés no chão. Foi um ano de sedimentação, de processarmos tudo o que ocorreu até 2009 com aquele aumento que tivemos na demanda. Agora todas as empresas tiveram que produzir o que foi lançado em meio a difculdades com prestadores de serviço, fornecedores e escassez de mão-de-obra. Foi um período em que internamente as empresas tiveram de fazer um esforço brutal para honrar seus

compromissos em um cenário bastante adverso. Em resumo, é importantíssimo que consigamos fazer boas entregas para mudarmos essa visão possivelmente ar-ranhada que se fcou no mercado com o atraso nas entregas.

Fator Realty - Foi um ano de consolida-ção. Houve muita absorção de estoques, mas o mercado imobiliário baiano tem uma saúde vibrante. Para um estado que tem 19 milhões de habitantes, e tem um adensamento populacional acima da média brasileira, a demanda por novas unidades residenciais é muito superior à oferta. Como refexo, os preços têm obedecido o cardápio dos demais centros metropolita-nos brasileiros, sobem, e as unidades em estoque vão sendo absorvidas.

Moura Dubeux - Muito positivo, so-bretudo do ponto vista do desempenho comercial. Porém, o setor enfrenta desafos que commuita competência e criatividade estão sendo superados. A carência de mão- de-obra qualifcada para o atendimento da demanda nos canteiros é um fato e requer especial e constante monitoramento.

Odebrecht - Foi um ano de consolidação dos principais vetores de crescimento da cidade, principalmente para o vetor de crescimento orla, em especifco a região de Patamares. Os números de unidades lançadas e vendidas no ano de 2011 con-frmam o bom desempenho.

Prima Empreendimentos Inovadores - Continuamos em uma crescente até meados do penúltimo trimestre do ano. A partir daí, a oferta começou a superar a demanda por alguns tipos de produtos e em algumas áreas específcas da cidade. Em outras mais consolidadas a demanda continua, mas com menos intensidade. Áreas de expansão na Região Metropolita-na continuarão a evoluir e gerar negócios para produtos mais acessíveis.

Queiroz Galvão - Em 2011, o mercado imobiliário se manteve estável em relação a 2010, no que diz respeito ao lançamento e volume de vendas de imóveis. Também foi um ano de aprendizado para os próprios especialistas do mercado, incorporadores e construtores, pois passamos a entender melhor a falta de produtividade da mão- -de-obra e aspectos contingenciais da construção na Bahia, permitindo que os planejamentos de execução de obra tenham novas vertentes.

Ramos Catarino - Omercado imobiliário, tal como o resto da economia, abrandou bastante o ritmo de crescimento que vinha alcançando. Aquela velocidade de vendas dos anos de 2009 e 2010 não continuou. Agora o crescimento é moderado, porém consistente, o que, na minha opinião, até é mais saudável para o mercado baiano.

Via Célere - Foi um ano para “arrumação da casa”. É hora de acertar projetos e preços, pois o comprador está bastante exigente. Os custos de construção continu-am crescendo, agora mesmo teremos que assumir os reajustes da mão-de-obra e os preços dos imóveis já não suportam estes repasses. É hora de ser criativo, melhorar as metodologias construtivas e encontrar novos caminhos.

ADEMI-BA - Iniciamos um novo ano e com ele vêm novos projetos e metas a serem alcançadas. Quais são as perspec-tivas para 2012?

Cyrela - No ano de 2012 estaremos muito focados nas entregas das unidades que foram lançadas. É um momento muito importante para nós, porque não adianta você lançar um produto e não entregá-lo ao cliente. Então, para a Cyrela é o fechamento de um ciclo. Queremos que nossos clientes recebam suas moradias e fquem satisfeitos. Isso vai nos demandar até o primeiro se-mestre deste ano. Temos projetos novos na

Eduardo Pedreira, Diretor de incorporações da Odebrecht Realizações Imobiliárias em Salvador

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