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de matéria-prima visando principalmente a redução do impacto ambiental, uma vez que o principal objetivo é o descarte consciente”, afrma a arquiteta Milena Saraiva, que adotou a novidade nos seus projetos, “pois cada vez mais os profssio-nais e clientes estão se conscientizando que é usar esses produtos ou acabar com as fontes naturais”, complementa. Além da preocupação ambiental, estes no-vos produtos trazem vantagens nos custos e na manutenção. “Além do quesito surpresa e da inovação tecnológica que agregam, esses materiais trazem, geralmente, um decréscimo no preço quando comparados com suas versões originais, e uma diminui-ção na necessidade de manutenção com o passar do tempo; fatores esses que con-quistam e explicam o sucesso que fazem”, explica o arquiteto Gabriel Magalhães, que usa como exemplo o deck de piscina para explicar os benefícios. “Um deck de madeira natural precisa, numa cidade como Salvador, de manutenção a cada seis meses. Isso signifca raspá-lo, lixá-lo e pintá-lo com verniz. Em contrapartida, um piso cimentício, que imita a madeira, depois de aplicado, nunca mais precisará de manutenção”, conta.

Os decks imitando madeira para áreas externas também chamaram a atenção da arquiteta Melina Sousa. “Sua composição é totalmente ecológica: pó de madeira e resina plástica”, explica ela, que aposta nos novos materiais aliados à criativi-dade. “Faço bastante uso dos adesivos e plotagens nos meus projetos. Acredito ser um material que pode se adequar perfeitamente à ideia de “parece, mas não é”, além de ter um custo muito acessível. A plotagem de ladrilhos hidráulicos para revestir uma parede sai muito mais barato do que utilizar os próprios revestimentos em si. Recriar o tampo de vidro de uma mesa com um adesivo imitando textura de madeira é outra ideia que dá uma nova cara ao móvel”, sugere.

A manutenção desses materiais é simples. Para remover gorduras ou manchas oca-sionadas pelo dia-a-dia, basta um pano umedecido macio numa solução de água e detergente. Produtos abrasivos, como esponja de aço, saponáceos, pedra-pomes ou objetos pontiagudos não são recomen-dados.

Com tantos prós, os novos produtos que chegam ao mercado, contudo, não decretarão o fim dos materiais nobres na opinião de arquitetos e decoradores. “Devido à consciência ecológica que o mundo vem absorvendo, a utilização dos materiais ecologicamente corretos veio para fcar, mas nada descarta a utilização de materiais nobres, principalmente se as madeiras de pisos, portas e janelas vierem de demolições de casas antigas, dormentes de linhas de trem, os tampos e bancadas retiradas de espações e reaproveitadas de forma elegante nos ambientes”, acredita Milena Saraiva.

Para o arquiteto Gabriel Magalhães, os materiais naturais ainda têm grande valor para o projeto arquitetônico por alguns motivos. “Primeiro, porque eles são geral-mente mais artesanais e possibilitam, além de melhor acabamento, um tratamento mais personalizado capaz de gerar um ambiente customizado. Os sintéticos são industrializados, vêm prontos de fábrica, e acabam sendo mais engessados e mais difíceis de serem modifcados. Segundo, porque a indústria nem sempre alcança resultados totalmente reais, então, às vezes o material parece com o original, tem o mesmo aspecto, mas algumas caracterís-ticas como o toque ou a temperatura que ele alcança não são exatamente iguais à sua versão natural”, esclarece.

Nos próximos anos, alguns materiais ganharão mais popularidade e podem virar tendência nos projetos. O piso cimentício que imita madeira é um forte candidato devido à excelente resistência e pela sua similaridade com a madeira natural. Outro material que vem ganhando força é a lâmina melamínica (fórmica), que pode ter aparência de madeira ou inox, e pode ser utilizada até em fachadas. Há, também, os tijolos ecológicos, que são fabricados através da mistura das matérias-primas solo, cimento e água, dispensando a queima do tijolo e evitando o desmatamento e consequen-temente a poluição do meio ambiente. Outra novidade saída do forno é o 3D Board, um novo tipo de material de decoração para revestimento de superfícies. Com texturas tridimensionais e cores variadas, as placas são feitas a partir de fbras vegetais processadas mecanicamente sem a utilização de químicos nocivos à saúde. A matéria-prima utilizada é 100% reciclada e biodegradável.

O QUE VEM POR AÍ

ecos

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